Neste “admirável mundo novo” da vida urbana moderna e hiper-conectada, andamos quase todos desligados do “estimável mundo velho” hiper-real que nos envolve, esquecendo o apelo da natureza. Já não prestamos atenção ao nascer e pôr do sol, às plantas que vão e vêm com as estações do ano, nem às migrações e cantos dos pássaros que nos observam lá do alto.
Não é por isso de estranhar que, ao cabo de alguns meses ou semanas (às vezes, dias!) passados na cidade, muitos de nós começamos a sentir uma espécie de desconforto ou cansaço, causado pelo ritmo de vida frenético e pelas constantes solicitações da modernidade: publicidade, notícias, trânsito, notificações, ruído e tudo o resto que sentimos esvaziar rapidamente as nossas mui-humanas baterias.
Por estas alturas, cresce a vontade de ir para longe da civilização por um momento, e recarregar as ditas baterias com a energia sempre renovável do contacto com a natureza. Um par de dias ou de semanas é quase sempre suficiente para ter resultados e na The Wanderlust temos algumas experiências que certamente te vão ajudar a encontrar o caminho into the wild.
Snorkelling & Mergulho
Comecemos pelo Sudeste Asíatico. Na baía de Donsol, Filipinas, é possível avistar os gigantes e dóceis tubarões baleia; já na pequena Apo Island podes nadar num jardim subaquático com tartarugas gigantes.
Da mesma forma, as ilhas Perhentian, na Malásia, são perfeitas para fazer snorkelling, entre recifes de coral diversos e luxuriantes. Na ilha vizinha de Kanawa, com o seu mar azul turquesa, encontras estrelas do mar e peixes coloridos. A Indonésia ilha de Kelor, no Parque Nacional de Komodo, é também impressionante.

A diversidade de vida que se encontra na Indonésia é impressionante (Créditos: Luís Ferreira)
Mudemos, pois, para o continente Americano, para aquele que é considerado um dos melhores locais para observar o mundo subaquático no Pacífico – fica na Reserva Biológica Isla del Caño , na Costa Rica, onde é possível encontrar 15 espécies de coral, uma quantidade incrível de peixes que atraem baleias e golfinhos, bem como tubarões martelo, manta rays e tartarugas.
Ainda banhados pelo mar do Caribe, vamos até à ilha Caye Caulker, no Belize. Nadando ao longo da barreira de coral cruzamo-nos com barcos naufragados, esponjas coloridas, Peixes Anjo Rainha, tartarugas, tubarões enfermeiros, raias e peixes Tarpons. Para os mergulhadores mais experientes, sugerimos ainda uma aventura no famoso Blue Hole, formado há dezenas de milhares de anos, quando o nível do mar era mais baixo.
Mais a sul, na Ilha de San Cristobal, que pertence ao arquipélago das Galápagos, nadamos com tubarões (perfeitamente inofensivos) , tartarugas e peixes de mil cores. Na ilha Espanhola mergulhamos com leões marinhos e na ilha Seymour Norte fazemos snorkelling num banco de areia onde tartarugas marinhas desovam e na Ilha Santa Cruz cruzamo-nos novamente com tubarões de pontas pretas que por ali se alimentam.
Finalmente, como não podia deixar de ser, uma visita à Austrália não ficaria completa sem conhecer uma das Sete Maravilhas Naturais do Mundo: a Grande Barreira de Coral! A maior estrutura do mundo composta de organismos vivos!
Vulcões
Visto de perto ou de longe é praticamente impossível ficar indiferente à impressionante presença de um vulcão. Mais ainda quando sabemos que está em actividade e que ali se pode sentir a força mais profunda deste planeta que habitamos.
A Guatemala tem 33 vulcões, 3 deles activos. O vulcão Pacaya é um deles, a uma altitude de 2552 metros. Não longe dali mora também um dos mais altos vulcões da América Central: o Acatenango, com os seus 3976 metros. O vulcão mais emblemático da Costa Rica é o Arenal (1670 metros), hoje adormecido, mas protagonista de uma destruidora explosão em 1968 e em cujos fluxos de lava solidificados podemos caminhar.

Um dos vulcões activos na Guatemala (Créditos: Liliana Ascensão)
No hemisfério sul, mais precisamente no Equador , encontra-se o terceiro vulcão mais activo do Mundo : o imponente Cotopaxi, com uns impressionantes 5897 metros de altitude. A caldeira Quilotoa, com 3 Km de diâmetro, é o resultado do colapso deste vulcão após uma erupção catastrófica há cerca de 600 anos e no vulcão Santo Tomás encontra-se uma das maiores crateras vulcânicas do mundo. No Altiplano Boliviano moram também vários vulcões, como o Vulcão Ollagué que faz parte do cinturão vulcânico dos Andes. Nas Filipinas temos a oportunidade de admirar o Mount Mayon , um dos vulcões mais ativos no país e conhecido pela simetria perfeita do seu cone.
Explorar a selva
O Parque Nacional Corcovado, na Costa Rica , alberga 2,5% da biodiversidade mundial e metade das espécies do país. Ao longo da emocionante caminhada pela floresta encontramos iguanas na praia, crocodilos no rio, macacos aranha, capuchinhos e titis pelas árvores, tucanos e papagaios pelos céus, caititus, coatis e tantos outros animais cruzando o nosso caminho a cada passo que damos. No Parque Nacional Tortuguero partimos para uma observação nocturna, em busca da famosa rã de olhos vermelhos.

No Parque Nacional de Tortuguero é possível explorar a selva navegando nos canais (Créditos: Miriam Augusto)
No Nepal exploramos o parque nacional mais antigo do país: Chitwan. Depois de vários dias na montanha ambientamo-nos ao clima tropical e esperamos observar o esplendor dos grandes animais no seu habitat natural: tigres, rinocerontes, ursos e elefantes. Na Tailândia fazemos um trekking pela floresta tropical tailandesa em Mae Hong Son e, no Parque Nacional de Khao Sok, o trekking até à gruta Nam Taloo , com água ao nível do peito, é também ele memorável.
Trekking e caminhadas
Na The Wanderlust somos grandes fãs de trekking e caminhadas e por isso não é de estranhar que a nossa oferta seja vasta. Comecemos pela América do Sul: no Altiplano Andino podes escolher entre uma caminhada até à montanha Winikunka (mais conhecida por Montanha das 7 cores , a 5020 metros de altitude) ou à Lagoa Humantay a 4000 metros (de onde se avistam os nevados das montanha Salkantay e Humantanay). Mais adiante caminhamos através da Isla del Sol, em pleno lago Titicaca, onde observamos um memorável pôr-do-sol.
No outback Australiano fazemos várias caminhadas dentro do Parque Nacional Uluru – Kata Tjuta, e saímos à descoberta do Kings Canyon e do Parque Nacional de Watarrka, incluindo 3 horas de caminhada através das cúpulas de arenito da Cidade Perdida, muitos dos anfiteatros e o belo Jardim do Éden.

Numa das caminhadas planeadas na Austrália temos vista para o mítico monólito de Uluru (Créditos: Diogo Santos)
Marrocos oferece-nos a possibilidade de fazer trekking no Monte Toubkal, de cujos 4167 metros de altitude tens uma fascinante vista de 360º e que te deixará a dormir nas nuvens. Aqui mais perto, nos Balcãs , temos uma caminhada de 9 km pelos Lagos Plitvice (Croácia), outra em redor do Lago Negro no Parque Nacional Durmitor (Montenegro) e um trekking até aos 2523m naquela que é uma das maiores montanhas deste país – Bobotov Kuk.
Na Ásia as possibilidades são imensas. Caminhamos na remota região de Sagada ( rica em cultura indígena e que se orgulha das suas tradições ) e através dos maravilhosos arrozais de Banaue e Batad (considerados por alguns a 8ª maravilha do mundo!). O Parque Nacional Taman Negara, na Malásia, oferece várias opções de trilhos, mas um dos que não vamos perder é o das pontes suspensas, que nos permite experienciar a floresta do ponto de vista de um macaco, ao longo de 500 metros.
Num pulo estamos na Indonésia , onde fazemos uma caminhada de dois dias pelas montanhas de Tana Toraja, em Sulawesi, e na ilha de Rinca caminhamos em busca dos famosos Dragões de Komodo. Se o teu interesse passa também por contactar com minorias étnicas, a Birmânia oferece isso mesmo através de um trekking de três dias na região de Hsipaw.
Finalmente, como não podia deixar de ser, os amantes de trekking vão amar a proposta que temos no Nepal : um trekking de 3 dias entre Jomsom (2743m), Kagbeni (2810m) , Muktinath (3800m) e Thorong La Pass (5416m) – o mais alto do mundo.
Vem descobrir o apelo da natureza connosco!