“Da segunda vez já não vês as coisas com os olhos, vês com o coração.”

Diogo Santos é líder de viagens na The Wanderlust e fotógrafo profissional.
Diogo Santos é um dos mais recentes líderes de viagens da The Wanderlust. Um dos elementos mais jovens da equipa, caracterizam-no o empenho, profissionalismo e dedicação. É de poucas palavras… até que começa a falar do que o apaixona. Nesse momento leva-nos a viajar com ele ainda sem termos saído do lugar.
Com uma viagem programada para a Tailândia em Novembro, para a qual estamos a oferecer um lugar através do concurso “Passaporte: Tailândia”, leva também viajantes a percorrer o Myanmar e prepara novas aventuras que serão lançadas muito em breve. Apresentamos-te o Diogo Santos!
Diogo, quais são os teus destinos preferidos?
A Tailândia, claro! Desde pequeno que os meus tios falavam da viagem que fizeram à Tailândia e lembro-me de fazer imensas perguntas. Criei uma ideia sobre o país e quando lá cheguei, muitos anos depois dessas histórias, confesso que não fiquei encantado. Contudo, sabia que tinha de dar uma segunda hipótese, eu gosto sempre de voltar aos destinos, porque da segunda vez já não vês as coisas com os olhos, vês com o coração. Acabei por voltar mais duas vezes, descobri um país além dos roteiros turísticos e apaixonei-me!
Adoro o Laos e Camboja também, e fora do Sudeste asiático, a China. Um país de contrastes, por um lado é muito tecnológico, por outro muito tradicional nos seus costumes e formas de interação. É um grande choque cultural, pensamos que conhecemos o povo chinês porque há muitos chineses por todo o lado, mas temos uma visão muito errada do povo e do país. Acho que é muito autêntico, senti dificuldades em viajar por lá e isso demonstra autenticidade.
Porque é que a Tailândia te fascina?

Uma das suas fotografias da Tailândia, destino onde líderes viagens na The Wanderlust.
Há tanto potencial na Tailândia para ser explorado! Saindo dos espaços mais turísticos existem autênticos paraísos. Claro, praias e ilhas paradisíacas, mas não só! O Parque Khao Sok que engloba a floresta tropical mais antiga do mundo, onde passamos na viagem, era praticamente inexplorado e é sem dúvida um dos locais mais bonitos da Tailândia.
Em Chiang Mai, o facto de ser possível embarcar num trekking de dois dias na floresta, ter contacto com tribos autênticas (que não são exploradas turisticamente). Na nossa viagem ficamos com a tribo Karen. Para mim, poder partilhar essa experiência com os nossos viajantes e ainda saber que estou a contribuir de forma sustentável e consciente para o país, é muito satisfatório.
A Tailândia permite um contacto com a natureza e com o povo realmente especial, ainda que seja preciso ser aventureiro e ter sensibilidade para encontrar esses pontos. É isso que quero fazer, mostrar a outros viajantes esse lado da Tailândia!
A fotografia tem muita “culpa” nisto das viagens.
Para além da paixão pelas viagens, quem é o Diogo Santos?
Sou fotógrafo de formação e profissão, tenho outras formações, mas não me definem. Encontrei a minha paixão na fotografia, apesar de ter começado pelo cinema. A fotografia tem muita “culpa” nisto das viagens. Nada acontece por acaso! Foi através da fotografia que fui viver para Macau e conheci lá duas pessoas que se tornaram grandes amigos. Foi Macau que me permitiu conhecer outros países e muito por culpa de um desses amigos comecei a viajar de mochila às costas.
Depois claro, é aquela quase inspiração divina da fotografia, de querer fotografar o que é diferente. E quando estamos num local diferente, o nosso olhar ainda não está habituado, parece que surgem ainda mais possibilidades de fotografia. Isso permite-me começar a abrir os olhos e começar a ver para além do óbvio e para além da imagem. Isso é uma coisa que me define bastante!
Também me define em termos conceptuais. Gosto de fotografia de autor, diferente do que faço em fotografia de viagem, mas tocam-se muito. O meu pensamento e a forma como invisto nas coisas, torna-se impossível de as dissociar.
Quando é que decidiste que querias ser líder de viagens e porquê?
Eu não decidi! A verdade é que entrei através de um concurso. Até lá eu sabia que havia agências que faziam este tipo de viagens, mas nunca tinha pesquisado a fundo. Mais uma vez foi por causa da fotografia que cheguei a estas agências.
Quando vi o concurso pensei em concorrer sem grandes expectativas. Fiz um vídeo, mostrei à minha namorada e à minha mãe – nunca conto a ninguém estas coisas – e levei na cabeça, “Como é que queres entrar numa coisa quando parece que estás com medo?”. Então, a muito custo, fui novamente fazer o vídeo, com a minha namorada atrás de mim a dar-me indicações. Ainda bem que lhe contei!
Entretanto, quando fui selecionado para a entrevista comecei a pensar que tinha feito algo bem e que poderia ser um dos selecionados. Não sei quantos meses foram entre saber que tinha sido selecionado e a entrevista e aí passei mal. Estava a escrever a tese de mestrado e já nem conseguia pegar nela. Primeiro entrei sem expectativas e depois já só pensava, “Se não ficar, vou ficar muito triste!”.
Entretanto fui à entrevista e fiquei a perceber que era um trabalho de muita responsabilidade e percebi que sim, que era algo que eu queria muito fazer. Fiquei tão contente que até chorei quando soube que tinha sido selecionado.
É motivante estar rodeado de pessoas que gostam de fazer a mesma coisa que eu e que me percebem. Encontrar pessoas que falam a mesma linguagem que eu, isso fez-me querer muito ser líder de viagens e ficar completamente rendido.
O que andas a preparar para o futuro?
Um do meus objectivos é conseguir, além das viagens, desenvolver projectos fotográficos e documentais.
Quero dividir o meu tempo entre Portugal e, para já, a Ásia, que é um continente que sinto que ainda tem muito para me oferecer.
Sempre com a premissa de que ao explorar outro país vou estar sempre a pensar numa nova viagem. Já não é só de descoberta indivídual, mas de querer partilhar isto com os viajantes da The Wanderlust.
Fica a conhecer as viagens The Wanderlust aqui!