Marrakech é tão importante que deu o nome a Marrocos! É mais do que uma cidade. É uma pérola polida pela história e tradição de hospitalidade que, por séculos, tem sabido acolher os viajantes. Para aqueles que querem descobrir e conhecer pessoas, esta cidade é o local ideal para desfrutar de simples prazeres.
Com tanto para ver e fazer, facilmente se passam 4 dias em Marrakech sempre com algo entusiasmante ao virar da esquina. Aqui ficam algumas sugestões para aproveitares Marrakech ao máximo, durante a tua estadia.
Praça Jmaa El-Fna

A agitada Praça Jmaa El- Fna (créditos: Miriam Augusto)
O verdadeiro início da viagem através do tempo, impossível de testemunhar noutro lugar, começa num passeio pela Place Jemaa El Fna. Aqui, o passado exótico e medieval aparece na forma de contadores de histórias, artistas de rua, encantadores de serpentes, músicos e pequenos restaurantes ao ar livre.
Mesquita Koutoubia

Koutoubia (créditos: Miriam Augusto)
A Koutoubia é umas das maiores mesquitas do mundo ocidental e a maior em Marrakech, datando do século XII. O marco da cidade, tem um magnífico minarete com cerca de 70 metros de altura, o mais antigo dos três grandes minaretes Almóadas, que restam no mundo. Mesmo com não-muçulmanos não autorizados a entrar, é praticamente impossível permanecer indiferente a esta obra de arte. Sugiro caminhar em torno da Koutoub (livro) – originalmente havia um mercado de livros nas redondezas – admirando todo o edifício e o ambiente envolvente.
Praça das especiarias

Loja típica na Praça das Especiarias (créditos: Miriam Augusto)
A Rahba Kedima ou Praça das Especiarias está repleta de magia. Em nenhum outro lugar se encontra a fusão de África e Arábia que tanto caracteriza Marrakech como nesta vibrante, colorida, caótica e antiga praça. Aqui poderás encontrar todo o tipo de poções e loções misteriosas – na verdade magos e curandeiros compram aqui os produtos para as suas magias – mas também especiarias, cestos feitos à mão, colheres para harira de madeira, chapéus e pirâmides de frutas e vegetais do campo.
Este é também um óptimo local para sentar num terraço com vista para a praça, e um olhar panorâmico sobre a medina, a beber um chá e ver o tempo passar.
Bab Agnou

A porta Agnou (créditos: Lionel Leo)
Construída por Yacoub el-Mansour no século XII, esta imponente porta cuja função inicial era meramente decorativa, foi a principal entrada para o Palácio Almóada. Hoje em dia, mesmo sem as suas torres, a sua fachada permanece impressionante, consistindo em secções alternadas de pedra e tijolo contornando o arco com cores avermelhadas e azuis misturando-se entre si. Definitivamente a ver!
Medersa Ben Youssef

A famosa porta da Medersa Ben Youssef (créditos: Miriam Augusto)
A Medersa Ben Youssef foi uma escola Islâmica em Marrakech, sendo a maior de todo o Magrebe com capacidade para 900 estudantes. Para além da sua riquíssima história, é um dos edifícios mais encantadores da cidade, com a sua decoração sumptuosa. O truque é prestar atenção a cada detalhe desde o chão até ao tecto. Ficarás fascinado!
Museu de Marrakech

Átrio do Museu de Marrakech (créditos: Miriam Augusto)
Mesmo junto à Medersa Ben Youssef fica o Museu de Marrakech. Instalado no Palácio Dar Menebhi, construído no fim do século XIX, deslumbra com a fonte no pátio central, áreas de estar tradicionais, um hammam, azulejos intrincados e esculturas. O maior átrio do museu tem pendurado no tecto um enorme candeeiro, constituído por placas de metal decoradas com finos recortes geométricos e epigráficos.
Aqui é possível ver exibições de arte Marroquina, tanto moderna como tradicional, juntamente com belos exemplos de livros históricos, moedas, bijuteria, trajes e cerâmica de culturas Marroquina, Judaica, Berbere e Árabe.
Palácio El Bali

Vista sobre a área do Palácio (créditos: Ana Machado)
Embora substancialmente em ruínas e reduzido às suas paredes avermelhadas, permanece o suficiente do El Bali sugerindo que o seu nome – O incomparável – não foi de todo modesto. Durante algum, tempo este palácio, foi considerado umas das maravilhas do mundo Muçulmano. Mármore Italiana, granito Irlandês, ónix Indiana e folhas de ouro, adornavam as paredes e tectos dos seus 360 quartos. Nos dias de hoje, nada mais há senão quartos vazios, que continuam a merecer uma visita.
Palácio Bahia

Detalhes do Palácio Bahia (créditos: Miriam Augusto)
Um dos meus favoritos, o Palácio El Bahia, é um excelente exemplo de arquitectura Árabe e Andaluz, construído no século XIX, que representa tendências e padrões das abonadas famílias que ali viveram.
O nome “Bahia” significa “Palácio da Beleza” o que encaixa perfeitamente na finalidade deste grandioso local. Existem 160 quartos distintos no palácio, os quais juntamente com as salas de recepção, são ricamente decorados desde o chão até ao tecto, rodeados por exuberantes jardins. Nada que os edifícios deste país já não nos tenham habituado!
Uma visita ao Palácio El Bahia nunca é uma perda de tempo!
Jardins de Menara

Os bonitos jardins Menara (créditos: Miriam Augusto)
Edificados no século XII pelo governante Almóada Abd al-Mu’min, o nome “Menara” deriva do pavilhão com o seu pequeno telhado verde em pirâmide, construído durante o século XVI pela dinastia Saadi.
Este jardim imperial é um paraíso de frescura e sombra com quase 90 hectares, rodeado por paredes e cheio de árvores de fruto e oliveiras. É um local muito tranquilo, longe da agitação da cidade, ideal para caminhadas.
Jardins de Majorelle

Os encantadores Jardins Majorelle (créditos: Ana Machado)
Este magnífico jardim é como um paraíso no coração da Ville Nouvelle. Valeram 40 anos da vida do pintor Francês Jacques Majorelle de paixão e dedicação para criar este jardim encantador. Com piscinas de mármore, vias elevadas, bananeiras, bosques de bambu, palmeiras, buganvílias e a maioria dos edifícios pintadas de um azul indigo (‘Azul Majorelle ‘) este lugar resume em si recantos deliciosos e impressionantes, nesta cidade de muralhas vermelhas.
Souks

Loja de cerâmica no souk (créditos: Miriam Augusto)
Os souks (mercados) de Marrakech são os maiores de Marrocos e famosos pelo mundo inteiro como sendo um dos locais mais exóticos para compras. São também a zona mais antiga da cidade que prosperou no comércio – e assim continua! Historicamente, todos os souks foram divididos e definidos de acordo com os bens feitos e vendidos. Hoje, pouco mudou, mas uma coisa que não mudou de todo, foi a arte de regatear.
Passear entre os souks é uma da melhores e mais divertidas formas de passar o tempo em Marrakech. Aqui, pode-se encontrar de tudo e tendo espaço suficiente na mala, não há como fugir a uns souvenirs.