Myanmar (ou Birmânia), depois de anos de isolamento, é um daqueles destinos em acelerada mudança que tem colado a si uma etiqueta onde se lê “VISITE JÁ!”, assim mesmo, com maiúsculas e exclamação.
Embora tenha uma vasta herança histórica, uma notável dimensão espiritual e religiosa, um património natural relativamente intocado e uma diversidade e riqueza cultural impressionante, permanece um lugar relativamente desconhecido aos olhos do mundo, nomeadamente por comparação com o vizinho colosso turístico que é a Tailândia.
E apesar de tudo isto, mesmo podendo soar a cliché, a maior riqueza deste país são as suas pessoas. Porque se há lugares no mundo onde os sorrisos são genuínos, os olhares sinceros e a curiosidade face aos visitantes verdadeira, um deles é seguramente aqui.
Mingalaba, a derradeira capital dos reinos Birmaneses saúda-te!
A viagem até aqui chegar foi provavelmente longa, por isso este primeiro dia serve para descansares e te habituares ao “choque” de aterrar num país tão diferente! Felizmente tens o Diogo à tua espera no aeroporto e, quem sabe, o teu primeiro pôr-do-sol birmanês, na colina de Mandalay.
Alojamento: hotel
Refeições: –
Depois de um típico pequeno-almoço birmanês, visitamos o segundo mais importante local de peregrinação de Myanmar país, onde uma estátua de Buda é diariamente lavada e coberta com folhas douradas.
De seguida, partimos à descoberta das três antigas capitais reais, onde a história de tempos passados se mistura com o quotidiano e a espiritualidade do tempo presente. Os destaques vão para as vistas inspiradoras da colina de Sagaing, os templos abandonados da imperial Inwa e, finalmente, a vida ritual num mosteiro e o inesquecível pôr-do-sol na famosa ponte de madeira de Amarapura.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço
Durante a manhã passeamos tranquilamente de bicicleta no centro de Mandalay. Aqui descobrimos a impressionante cidadela do Palácio Real, alguns mosteiros e templos budistas, onde podes ler o maior livro do mundo.
De tarde seguimos viagem até Pyin Oo Lwin, a estância de montanha preferida do antigo raj britânico. Graças à sua temperatura amena, calma pitoresca e herança imperial, esta localidade rapidamente se popularizou como um refúgio da agitação de Mandalay.
Para terminar o dia em grande, talvez tenhamos uma surpresa à nossa espera, assim o tempo permita.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço e almoço
As 7 horas que nos esperam a bordo deste comboio (que ora nos embala suavemente, ora nos sacode freneticamente) podem parecer intermináveis à partida, mas valem bem a pena.
A viagem começa logo na estação, com a azáfama de passageiros e mercadorias, seguindo depois através de aldeias e plantações que nos mostram um lado mais rústico do que encontramos até agora. Um dos pontos altos do percurso é a travessia de um viaduto que continua a ser, aos dias de hoje, um notável feito de engenharia.
Chegados a Hsipaw, tempo para apreciar mais um pôr-do-sol e descansar, em preparação para os dias de caminhada que se seguem.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço e almoço
Neste primeiro dia caminhamos cerca de 7 horas entre montanhas e vales, plantações de chá e bosques.
Saindo de Hsipaw, atravessamos algumas aldeias de minorias Birmanesas, a primeira das quais da etnia Palay-Palaung, onde nos espera um simples, mas revigorante almoço.
Durante a tarde continuamos rumo a uma aldeia da minoria Tai (Shan), até chegarmos a casa da família que nos vai acolher por esta noite. Aqui é possível que nem o inglês (ou o birmanês!) te safe na comunicação verbal, mas facilmente perceberás que há muitas outras formas de interagir com esta gente tão acolhedora.
Alojamento: homestay
Refeições: pequeno-almoço, almoço e jantar
Terminado o pequeno-almoço, despedimo-nos da nossa família de acolhimento e seguimos viagem – as 5 horas de estrada que temos pela frente já nos parecem mais fáceis do que no dia anterior.
Durante o dia passamos por várias pequenas aldeias de minorias étnicas Shan (que conta com mais de 30 grupos distintos), parando para almoçar e descansar numa delas.
Na casa da segunda família de acolhimento as condições são modestas, mas a hospitalidade é genuína; por isso, um convite para jogar futebol na rua, ajudar a preparar o chá ou jantar e até conhecer as fotos de família não serão de estranhar.
Alojamento: homestay
Refeições: pequeno-almoço, almoço e jantar
Hoje a nossa vida está um pouco facilitada, já que o caminho se faz sobretudo a descer. Depois de atravessar mais algumas povoações e uma zona de floresta, chegamos ao nosso último destino, uma aldeia do grupo Tai.
A recompensa para o término desta mini-aventura é poder relaxar junto de uma queda de água, onde temos também preparado um retemperador almoço.
O resto da tarde/noite passamos em viagem num autocarro noturno rumo a outro dos pontos altos desta viagem a Myanmar: o lago Inle!
Alojamento: autocarro nocturno (sleeper bus)
Refeições: pequeno-almoço, almoço e jantar
A manhã de hoje é livre, para que cada um possa descansar ou descobrir a pequena (mas turística) vila de Nyaung Shwe, nas imediações do lago. Durante a tarde rumamos num cénico passeio de bicicleta, passando junto de alguns mosteiros e templos budistas.
Porque o lago é grande, atalhamos caminho pondo as bicicletas numa canoa motorizada para, já do lado de lá, seguirmos até uma das poucas vitivinícolas existentes em Myanmar; depois da breve visita às instalações fazemos uma prova de vinhos, acompanhada de um pôr-do-sol com vista para as vinhas e o majestoso lago.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço
Hoje começamos o dia cedo, navegando a bordo de uma canoa motorizada para assistir ao nascer do sol no lago e avistar os seus pescadores, famosos por equilibrarem o remo da canoa com a perna! Visitamos de seguida algumas oficinas de artesanato local (cerâmica, tecelagem, ferraria, joalharia) e um grupo de mulheres da etnia karen (conhecidas como longneck, por terem o pescoço alongado por várias argolas).
Depois de almoço vamos um pouco mais longe, até à impressionante floresta de Indein, onde as árvores na verdade são stupas e templos abandonados aos caprichos do tempo.
Terminado o passeio de barco, apanhamos o avião para Bagan, aonde chegamos por volta da hora de jantar.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço e almoço
Hoje vamos conhecer aquele que é o cartão postal por excelência de Myanmar: a milenar antiga capital do reino de Pagan. Ao comando de uma prática e ecológica scooter eléctrica, começamos a nossa aventura de exploração dos templos e sítios arqueológicos, quais Indiana Jones dos tempos modernos!
Este enorme complexo de estruturas e templos budistas (mais de 2000 atualmente, alguns milenares) é frequentemente comparado, em termos de grandiosidade, com os templos de Angkor (Camboja) ou as pirâmides de Gizé (Egipto).
Por esta altura assistir ao pôr-do-sol já se tornou uma espécie de ritual da viagem, mas como terás a oportunidade de testemunhar, nada se compara ao apagar do grande astro num lugar tão mágico quanto este.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço
Ontem ficou ainda muito por visitar, mas não há problema: temos o dia todo por nossa conta para espreitar o rio Irauádi (o mais longo e importante do país) e visitar os mosteiros, stupas e templos mais distantes.
Começar o dia no cimo de um deles para ver o nascer-do-sol é delicioso, e torna-se ainda mais especial à medida que os balões de ar quente começam a dançar no céu. Claro que nada se compara à experiência de estar a bordo de um desses balões, e quem o quiser fazer terá aqui a sua oportunidade (actividade não incluída no programa).
Ao final do dia temos o segundo acto deste espetáculo da natureza, com mais um pôr-do-sol único. Não, simplesmente não nos cansamos de seguir a viagem da nossa estrela-mãe.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço
Pela manhã rumamos ao lar espiritual dos 37 nats (os espíritos protetores na crença popular), conhecido por alguns como o Monte Olimpo de Myanmar.
O templo situa-se no topo de uma agulha vulcânica, depois de subir 777 degraus guardados por dezenas de macacos atrevidos, à espera de uma oferta ou descuido dos visitantes. Pelo caminho, encontram-se vários altares e figuras relativamente exóticas, num curioso sincretismo entre espiritualidade, natureza e crença popular.
Depois do regresso a Bagan, temos algum tempo para descansar e/ou visitar os comércios locais, antes de apanhar o autocarro noturno rumo a Rangum, a capital não-oficial do país (desde a mudança para Naypyidaw, em 2005).
Alojamento: autocarro noturno (sleeper bus)
Refeições: pequeno-almoço
Chegamos a Rangum bem cedo e, depois de nos refrescarmos e descansar um pouco no hotel, partimos à descoberta das várias faces desta cidade.
Começamos pelo seu lado mais cru, um choque de realidade num comboio circular que nos levará por algumas horas aos subúrbios mais distantes, contactando de perto com o quotidiano birmanês.
O lado nobre de Rangum está presente nos jardins e palácio em torno do lago Kandawgyi, mas a sua faceta espiritual encontra-se no principal centro religioso de Myanmar – o Pagode Shwedagon. A visita a este enorme e impressionante complexo religioso, à medida que o dia se extingue e o pagode se ilumina, é algo para nos ficar também na memória.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço
A nossa aventura está quase no fim, mas não sem antes visitarmos a antiga capital do reino Hanthawaddy: Bago (ou Pegu). Aqui vamos encontrar o mais alto pagode do país (114m), uma enorme estátua de Buda deitado (55m), e o palácio dourado da dinastia Taungoo (séc. XVI).
De volta a Rangum faremos o nosso jantar de despedida, partilhamos histórias e impressões da viagem e preparamo-nos para o regresso, no dia seguinte.
Alojamento: hotel
Refeições: pequeno-almoço e jantar
Conforme os horários dos voos, o Diogo irá acompanhar-te ao aeroporto internacional de Rangum e aqui despedimo-nos da nossa aventura em Myanmar. No regresso a casa é garantido que terás a tua memória repleta de sorrisos e a dos cartões da máquina fotográfica de imagens maravilhosas!
Bom regresso a casa e boas próximas viagens!
Alojamento: –
Refeições: pequeno-almoço
Horário: 10h às 13h – 14h às 15h (dias úteis)
+351 910 281 877
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