África preenche o nosso imaginário. Visitar o Uganda, acredito, é preencher os espaços vazios do nosso conhecimento e desfrutar do melhor que o continente tem para oferecer.
Estendendo-se ao longo das margens do maior lago de água doce do mundo, o Lago Vitória, e berço do mítico Rio Nilo, o Uganda foi ponto de paragem obrigatório para vários exploradores que quiseram desvendar o interior africano. Desde as agitadas ruas de Kampala e o seus boda-boda, até às savanas e florestas tropicais, passando pelos segredos de reinos esquecidos, o Uganda dá-nos uma pintura multifacetada e holística das riquezas naturais e históricas do continente. Nas palavras de Winston Churchill “o Uganda é verdadeiramente ‘A Pérola de África’”.
Em luganda , Entebbe significa acento ou cadeira. A história por detrás deste nome ser-vos-á contada após a vossa chegada à cidade que repousa nas margens do maior lago de água doce do mundo: O Lago Vitória.
Após as longas horas de voo, poderás recarregar energias e preparares-te para o que aí vem. Mas por enquanto, repousamos a vista sobre as águas que se estendem até ao horizonte.
Alojamento: hotel
Refeições: –
Aproveitamos a manhã para passear pelas margens do Lago Vitória e ruas da cidade, sem destino, desfrutando do acaso e da leveza que a paisagem no oferece. Mais uma vez, este é o momento de aproveitarmos para relaxar antes da nossa verdadeira aventura começar.
Após almoçarmos, começa a verdadeira epopeia no asfalto. Na nossa viagem rumo à capital do Uganda, Kampala, usamos apenas os meios de transporte que os locais usam quando se querem deslocar à cidade. E isso, por si só, será uma aventura! Primeiro apanhamos um boda-boda (uma moto-táxi local) cada um, que nos levará à estrada principal que liga Entebbe a Kampala. Uma vez lá, apanhamos um matatu (um táxi-partilhado) até ao nosso destino, para depois apanharmos outro grupo de boda-boda que nos levará ao nosso alojamento. Não se deixem enganar pela descrição. Este é um trajeto onde muita coisa pode acontecer e dará muitas histórias para contar.
Alojamento: hostel
Refeições: pequeno-almoço
Kampala é uma derivação da nome “Camp of Impalas” (Campo de Impalas, em português). Mas quem lhe deu este nome? E onde estão hoje as impalas? Após um pequeno-almoço matutino, dedicamos o dia a conhecer mais a fundo a História e a Cultura do país. Este dia é também mais uma aventura motorizada onde as deslocações na cidade são feitas de boda-boda.
De manhã , andamos pelo centro da cidade, visitando recantos escondidos, ouvindo histórias, com passagem obrigatória pelo Mercado Central e na Mesquita Nacional do Uganda. Recarregamos as energias com o emblemático Rolex encontrado em qualquer rua de Kampala, e fazemo-nos novamente à estrada em direção aos Túmulos de Kasubi, onde estão sepultados vários membros da família real do Reino de Buganda , o maior existente no Uganda. O local, importante ponto de referência político e espiritual para o povo Ganda, foi reconhecido como Património Mundial da UNESCO em 2001. A sua arquitectura tradicional e singela são um eco de reinos e impérios que outrora povoaram o continente africano .
Alojamento: hostel
Refeições: –
Hoje, começa a nossa exploração das maravilhas naturais do Uganda! Rumamos em direção ao Parque Nacional das Cascatas de Murchison fazendo, pelo caminho, uma paragem na cidade de Masidi. Uma vez no Parque Nacional, vamos diretamente para o local que lhe dá nome e fazemos uma caminhada de algumas horas até ao topo da cascata de Murchinson, de onde observamos as águas que percorrem pelo desfiladeiro. Refeitos pela visão da força das águas que correm pela garganta, seguimos para o nosso acampamento onde pernoitamos em tendas, debaixo do imenso céu nocturno africano.
Alojamento: tendas de campismo
Refeições: –
Partimos após a alvorada para o nosso primeiro safari nesta viagem. O parque é conhecido por albergar manadas de zebras, girafas e outros animais, incluindo 4 dos 5 animais de grande porte da fauna africana conhecidos como Big Five: leão, leopardo, elefante e búfalo. O quinto fará parte de uma jornada no dia seguinte. Até lá, desfrutamos do nosso safari e da savana que nos preenche o imaginário.
Durante a tarde, embarcamos num cruzeiro através do rio Nilo onde, nas margens do mítico rio, podemos observar hipopótamos, crocodilos e outros animais que venham saciar a sede.
No fim de tudo, retornamos ao acampamento para, debaixo do céu estrelado, sonharmos com a vida selvagem que nos rodeia neste local.
Alojamento: tendas de campismo
Refeições: –
Este é o dia de descobrirmos o quinto elemento dos Big Five: o rinoceronte-branco. No nosso retorno a Kampala, fazemos uma paragem no Santuário de Rinocerontes de Ziwa. Aqui, caminhamos por algumas horas com um guia local através do santuário onde observamos os últimos rinocerontes-brancos do Uganda, na perspectiva de que um dia possam ser reintroduzidos no seu habitat natural. Por fim, retomamos caminho para a capital e para o nosso alojamento.
Alojamento: hostel
Refeições: –
Este será um dia de emoções fortes! De manhã, bem cedo, deslocamo-nos até à cidade de Jinja, onde Speke encontrou a nascente do Nilo! Mas não é apenas isso que nos leva lá. Embarcamos num dos rios mais longos do mundo para, durante cerca de 5 horas, fazermos rafting nas suas águas, saltando e contornando rápidos e cascatas. Juntamente com a vegetação tropical das margens que vamos puder observar em momentos mais calmos, este rio místico far-nos-á viver aventuras como as dos exploradores do séc. XIX.
Após tanta adrenalina, estará à nossa espera uma embarcação onde poderemos almoçar, tomar refrescos e, quando o calor apertar, tomar um último banho no berço das águas que um dia banharam os faraós.
Por fim, retornaremos ao nosso alojamento em Kampala.
Alojamento: hostel
Refeições: pequeno-almoço e almoço
Os próximos dias levar-nos-ão a mais Parques Nacionais no Uganda que guardam riquezas naturais únicas. Partimos primeiro em direção ao Parque Nacional de Kibale, com uma paragem no Monumento que assinala a passagem para o Hemisfério Sul. Se não podemos estar em dois sítios ao mesmo tempo, aqui podemos pelo menos ter um pé em cada lado do Equador.
Uma vez instalados no nosso acampamento em Kibale, calçamos os sapatos de caminhada e pomos os sentidos à escuta. Um grito poderá surgir de dentro da floresta, ou um vulto poderá aparecer de repente: chimpanzés! Durante as próximas horas caminhamos junto do nosso parente mais próximo, conhecendo a forma como vivem e interagem. O segredo aqui é o silêncio. Os zumbidos da floresta enchem o ar e cada toque ou vocalização de um chimpanzé será uma lembrança de que não estamos sós no planeta.
Com um pouco de sorte também poderemos ver outras espécies de primatas durante o nosso passeio. Kibale tem uma das concentrações de primatas mais altas do mundo. Estes podem estar na floresta com os chimpanzés, ou mesmo no acampamento, com babuínos a patrulhar o seu território ou colobos-vermelhos descansando à sombra.
Ao fim do dia, retornamos para o nosso acampamento, onde passamos a noite em tendas, aproveitando para descansar e escutar as vocalizações dos gálagos que vivem nos arbustos mais próximos.
Alojamento: tendas de campismo
Refeições: –
Após a visita à floresta tropical, voltamos à savana! Partindo de Kibale após o pequeno-almoço, chegamos ao Parque Nacional Rainha Elizabeth onde começamos outro percurso para observação de animais da fauna africana. Para além das espécies que se podem esperar ver, como elefantes, búfalos, hipopótamos, leopardos, este parque alberga também o nativo antílope-ugandês e uma população de “leões trepadores de árvores” única no mundo. Nas condições ideais poderemos encontrar os grandes predadores a descansar, deitados nos ramos das árvores.
Durante a tarde, continuamos as nossas descobertas pelo Parque, mas desta vez exploramos o seu passado geológico. Guiamos através do vale do rift do Lago Alberto onde podemos observar as crateras deixadas pela atividade vulcânica da região, que hoje são lagos que servem de refúgio a flamingos que ali se juntam em grande número. Isto, enquanto espreitamos o horizonte para um vislumbre das montanhas Rwenzori.
Após a nossa excursão de vislumbre ao passado, voltamos a ser embarcados. Percorremos as margens do rio Kazinga onde búfalos, crocodilos e hipopótamos são uma constante, assim como várias espécies de aves como a bela águia-pesqueira-africana e a emblemática jaçanã-africana.
O nosso dia termina já no acampamento do Parque.
Alojamento: tendas de campismo
Refeições: pequeno-almoço
Está na hora de voltar para Kampala, mas a nossa aventura ainda não terminou. Após deixarmos o Parque de Queen Elizabeth e a sua exuberante fauna, visitamos as minas tradicionais de sal de Katwe! Aqui testemunhamos os métodos tradicionais de recolha e processamento de sal por parte da população local que desenvolveu estratégias para tirar partido do passado geológico da região. Não é só uma paragem de observação, mas também de troca e de interação com a população local, de maneira a podermos compreender melhor o seu estilo de vida e, quem sabe, também sujarmos um pouco as mãos.
A nossa última paragem é na cidade de Fort Portal onde almoçamos e damos um pequeno passeio antes de nos dirigirmos ao nosso alojamento em Kampala.
Alojamento: hostel
Refeições: pequeno-almoço
Hoje, a manhã é livre. Poderás descansar ou fazer uma pequena comuta ao centro da cidade ou ao mercado para um último passeio, um último Rolex ou para aqueles presentes de última hora antes do regresso.
A tarde, é mais uma vez dedicada aos aventurosos meios de transporte públicos do Uganda (o boda-boda e o matatu) enquanto fazemos o nosso caminho de volta a Entebbe.
Alojamento: hotel
Refeições: –
A nossa aventura termina em Entebbe, onde serás direcionado para o aeroporto consoante a hora de partida do teu voo.
Esta, acredito, será uma despedida feliz. Partirás com memórias feitas de um pedaço do continente africano que, muitas vezes nos é difícil imaginar, mas que é real. E tu, viveste – o!
Alojamento: –
Refeições: pequeno-almoço
Horário: 10h às 13h – 14h às 15h (dias úteis)
+351 910 281 877
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