Quando pensamos em Marrocos, mesmo conhecendo sua rica história de culturas berbere, árabe, africana e europeia, estamos longe de imaginar que há um local com vestígios romanos. Esse local é Volubilis, um excelente exemplo de uma cidade que testemunha a troca de influências desde a antiguidade até aos tempos islâmicos.

Arco do triunfo (créditos: Miriam Augusto)
Volubilis foi um assentamento romano construído sobre o que, provavelmente, foi uma cidade cartaginesa, datando do século III AC, no norte da África, em Marrocos. A uma curta distância da cidade de Meknès (a cerca de 28 km) foi reconhecida pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade em 1997.
Volubilis foi então uma cidade administrativa central nesta parte da África romana, conhecida como Mauritânia. Das suas terras, extraordinariamente férteis e belas que circundavam e ainda circundam a cidade, produzia-se azeite e vários tipos de grãos que eram exportados para Roma.

Capitólio (créditos: Miriam Augusto)
Depois dos romanos perderam a sua posição nesta parte do continente africano, o que aconteceu por volta do final do século III, Volubilis não ficou desabitado. Em vez disso, as pessoas continuaram a viver aqui por mais de mil anos, tendo sido abandonado pela primeira vez no século XVIII, quando esta foi demolida para fornecer materiais para a construção do palácio de Moulay Ismail, na próxima Meknès.
Dez séculos de ocupação, desde os tempos da Mauritânia, quando fazia parte de um reino independente, passando pelo período romano, quando era uma metrópole da província romana da Mauritânia Tingitana, acabando na era cristã. Finalmente, um período islâmico caracterizado pela fundação da dinastia dos Idrissids, faz deste um dos locais mais valiosos deste período no norte da África.

Basílica (créditos: Miriam Augusto)
Este local, maravilhosamente preservado, deve ser uma referência e local de passagem para todos os que visitam Marrocos, oferecendo um raro vislumbre do passado. Para um toque de romantismo na visita, há que fazê-lo ao pôr do sol. Os vestígios remanescentes adotam um tom de amarelo com o pôr do sol no horizonte, tornando o quadro perfeito para um legado tão maravilhoso.
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